Saltar para: Posts [1], Pesquisa e Arquivos [2]
A Cantora Cabo-Verdiana Carmen Souza, prosseguiu ontem em Lisboa a sua Tornée de apresentação do álbum Kachupada, ontem à noite em Lisboa.
O Espaço Funky do Lx-Factory foi pequeno para receber os fãs da cantora que à poucos dias foi um das prémiadas do Cabo-verde Music Awards, com os titúlos de melhor Voz feminina e melhor morna, com "6 on Tarrafal" do álbum Kachupada, com a sua banda tradicional, Carmen tocou alguns dos temas mais conhecidos deste álbum, contando com a participação do público.
No final o Somos áfrica falou com a cantora, que se mostrou radiante com o prémio recebido dias antes em Cabo-Verde prémio que não o recebeu pessoalmente por estar em Torneé de apresentação do álbum Kachupada, a entrevista podem ouvi-la dias 23 e 24 de Março no "Somos África".
Foram os Cabo-Verdianos na diáspora que dominaram os Cabo-Verde Music Awards de 2013.
Entrevistada a algumas semana pelo "Somos África" Carmen Souza foi a grande vencedora feminina dos prémios de 2013 dos Cabo-verde Music Awards, com a conquista de dois prémios" Melhor Morna" com o tema "6 on Tarrafal" do albúm Kachupada e melhor voz feminina, Carmen Souza estará amanhã em Lisboa no espaço Funky no Lxfactory em Lisboa,para um Showcase.
Os Spalsh foram os grandes vencedores desta edição, venceram em 5 das 7 nomeações que tinham. O grupo arrecadou a categoria de Melhor Banda ao Vivo e Celebra foi considerado o Melhor Álbum Electrónico e Melhor produtor Musical. O tema "Mágua Nha Rubera" ganhou na categoria de Melhor Funaná, tema que teve a participação de Bino Branco e Princezito e "26 Horas" arrecadou os prémios de Melhor Cabo Zouk
O evento contribuiu 10% das suas receitas de bilheteira para a ADEVIC, a Associação dos Deficientes Visuais de Cabo Verde que tem como missão a formação profissional para a inclusão.A gala foi transmitida em directo pela Tiver e online através do SAPO Cabo Verdelgumas s
Já é conhecido o àlbum postúmo de Cesária Évora "Mãe Carinhosa".
Lançado esta semana este é o 11º disco da Diva dos pés descalços, uma mistura de Mornas e coladeras, algumas já conheçidas, outras originais.
Assim como outros álbuns este "Mãe Carinhosa" é produto de temas gravados nos últimos 20 anos, temas que Cesária guardava religiosamente para serem divulgados quando a diva e a sua equipa achassem oportuno e este "Mãe Carinhosa" é o exemplo, reunindo temas gravados entre "1997 ano em que gravou o álbum Cabo-Verde e 2007 ano de Rogamar".
São 13 as faixas gravadas neste álbum muitos dos temas do álbum foram escritos por compositores "veteranos" da música cabo-verdiana como B.Leza (“Dor di Sodade” e “Talvez”), Manuel de Novas (“Cmê Catchôrr”), Epifania (Tututa) Évora (com o tema de abertura do álbum - “Sentimento”), Gregório Gonçalves e Frank Cavaquinho.
Mãe Carinhosa já roda nas rádios, vai estar em destaque no "Somos África".
Ricardo Teixeira, Piloto de competição de Nacionalidade Angolana é convidado desta semana do Somos África.
Diz que nasceu em Portugal por acidente, quando a situação em Angola já estava em degradação e a mãe decidiu vir a Portugal para dar a Luz e regressarem para Angola, regressaram mas por pouco tempo a guerra agudizou-se e como milhares de pessoas abandonaram a terra que os viu nascer.
Somos África-Ricardo Teixeira a sua paixão pela velocidade e pela competição começou há muitos anos, eras uma criança com 11 a 12 anos, quem é que te estimulou de onde vem esse gosto pela velocidade?
Ricardo Teixeira- Sinceramente já tinha tios que tinham sido pilotos no Lobito, logicamente nunca a nível professional ou internacional.
Mas tanto o meu Avo como o meu Pai foram judocas profissionais. Alias o meu Pai ganhou vários campeonatos enquanto representava o Judo Clube de Luanda e a Selecção Nacional.
Eu vim a quebrar essa tradição, o meu Pai por brincadeira começou a fazer corridas de karts e eu tive a sorte e a oportunidade de também ter tido um kart.
Para uma criança de 11 anos ter a oportunidade de guiar um kart que atingia 80kms era incrível e a partir de ai nunca mais quis outra coisa.
Somos África-Começou a correr a sério no campeonato ibérico de Juniores da BMW,com 16 anos foi a entrada na antecâmera da verdadeira competição?
-Pode dizer-se que sim.
Naquela altura já tinha ganho muitas corridas na minha curta carreira internacional de karts. Nesse mesmo ano vinha a luta pelo Campeonato Português .
A Formula BMW Ibérica estava a dar oportunidades aos pilotos de karts com mais currículum para fazerem este salto para os Formulas. Tive a sorte de ter essa oportunidade e assim, dar inicio a minha carreira profissional de Formulas até chegar a F1.
Somos África-O Automobilismo é um desporto caro, nessa altura ainda não tinhas o patrocínio da Sonangol, como é que conseguias competir?
-Foi difícil, ia arranjando pequenos patrocínios que me iam ajudando.
Tive que passar por imensos sacrifícios e limitações por muitas vezes longe do apoio da minha família. Isso fez me crescer bastante e perceber que era capaz de tudo para tornar os meus sonhos realidade.
Somos África-Depois da BMW Júnior mudaste de volante para a F3 Inglesa, um patamar já elevado a opção por correr com a bandeira e Angola teve a ver com o Patrocínio a Sonangol?
-Quando decidi ir para Inglaterra, fui completamente sozinho e tive a sorte de encontrar uma equipa chamada Rowan Racing que achou piada a minha coragem e acolheu me.
Estava a viver em casa dos donos, a trabalhar na oficina e em troca o Rowan punha me a correr no Campeonato Britânico de F3 classe B.
Nesse primeiro ano ganhei duas corridas e fiz cinco pódios , mas infelizmente quando liderava o campeonato o Rowan perde o patrocínio principal e tive que parar de correr para que entrasse pilotos com budget. Concentrei me só nos estudos e comecei o curso de Engenharia Mecânica na Universidade de Birmingham.
Somos África-Como foi a reação ao saberem que eras angolano, naquela altura Angola era pouco conhecida ou conhecida pelas piores razões?
-Não, desde que comecei a correr com 11 anos de idade que corro usando a minha nacionalidade Angolana.
Já estava na Formula 3 Britânica quando surgiu o apoio. Tal como disse anteriormente, o Rowan perde o patrocínio principal e apesar de eu estar a liderar o Campeonato fui forçado a parar de correr durante 1 ano e meio.
Passado um 1 ano e meio a minha Madrinha que estava na altura como Cônsul no Consulado Angolano em Portugal é que sugeriu contactar a Sonangol, pois era uma pena estar parado sem apoios.
É ai que surge a ajuda a partir da Sonangol Londres. Graças a Deus essa ajuda deu para voltar as pistas e continuar a minha carreira desportiva.
Somos África-Como foi a reação ao saberem que eras angolano, naquela altura Angola era pouco conhecida ou conhecida pelas piores razões?
-Não foi fácil, infelizmente havia muita publicidade negativa do nosso Paìs especialmente em Inglaterra.
Cheguei a ter algumas situações não muito agradáveis, mas com o decorrer do tempo consegui que no desporto automóvel e dado que as corridas são transmitidas em directo para quase todos os países mudar essa imagem.
Sinceramente e sem querer dar uma resposta vaidosa, tenho consciência que contribui bastante para uma boa imagem do meu Paìs.
Somos África- Depois de passares por várias equipas nas diversas Fórmulas surgiu em 2011 a noticias de que Ricardo Teixeira seria piloto de testes da Lotus como surgiu esse convite?
-Já em 2009 e 2010 estava no Mundo da Formula 1 como piloto de Desenvolvimento da Williams F1 juntamente com o actual piloto oficial dessa mesma equipe, Valteri Bottas.
Final de 2011 o meu engenheiro pessoal na Williams, Humphrey Corbett, que me acompanhava nas sessões de simulador de F1 e nas corridas de F2 aceita a pedido do conhecido Mike Gascoyne ir trabalhar para a Caterham F1 (ex. Team Lotus).
Tanto o Humphrey como o Mike acreditam bastante em mim e são eles que me levam para a Caterham F1 para ser piloto de Testes e Reserva de F1 em todos os Grande Prémios. Tornando me assim no primeiro piloto angolano na Formula 1 e o único africano nesse ano com a Super Licença.
Somos África-Foi nessa altura que a Sonangol deixou de apoiar, o que aconteceu?
-Quando assinei como Piloto de Testes da Caterham F1 não levei patrocínio. Fui contratado por gostarem de mim e por confiarem nas minhas capacidades.
A seguir a Caterham F1 deu me a oportunidade de passar para piloto oficial apartir de 2012 com eles, mas para isso logicamente era necessário o apoio do meu Paìs. Tal como aconteceu com todos os pilotos sem exepcao que estão neste momento como pilotos oficiais de Formula 1.
O Bernie criou a Formula 1 como um grande circo de negócios, e cria uma situação em que os patrocinadores no final do ano conseguem recuperar o investimento feito, além disso muitos patrocinadores no final do ano chegam a fazer um lucro colossal (ex. Santander, Total, etc).
Mas é pena, milhares de pilotos tentam chegar a F1, vários países que tentam por os seu pilotos na F1. Nos tivemos esta oportunidade, primeiro em 2011 quando a Williams queria me por como piloto oficial da HRT F1 e depois através da Caterham F1 que me promovia a piloto oficial apartir de 2012.
Claro que não vou mentir, sinto me bastante triste, pois trabalhei e dediquei me totalmente para chegar a este nível. Em milhares de pilotos com capacidades consegui ser escolhido para fazer parte desta elite da F1, e a seguir não dou o salto como piloto oficial devido a razões fora do meu controle.
Apesar de tudo, sinto um orgulho muito grande por ter posto o nome do nosso Paìs no ponto mais alto do Desporto Automóvel. É uma sensação difícil de explicar quando vemos a nossa bandeira no cimo da nossa box durante um grande Prémio de F1 e a ser visto pela televisão por Milhões de pessoas.
Somos África-A divida da Sonangol com a Rapax está a ser resolvida nos tribunais a petrolifera já deu sinais de resolver a situação?
-É uma situação bastante triste, sei que esta em Tribunal, mas não gostaria de extender mais do que isso.
A única coisa que eu quero é seguir a minha carreira para a frente e a continuar a defender as cores do meu Paìs com a mesma garra que tenho feito até agora.
Somos África-Nas últimas semanas alguma imprensa desportiva coloca-te na Mercedes, como piloto oficial confirma-se?
-Graças a Deus ganhei muito nome estes últimos anos e fiquei bastante conhecido, então tenho tido bastantes convites tanto ainda dentro da Formula 1 como noutras categorias.
Sim ofereceram me um teste no SLS GT3, gostei bastante de guiar o carro e ter tido o privilegio de trabalhar com AMG nesse dia.
Mas ainda estou analisar o que vou fazer este ano, muito brevemente terei o meu programa desportivo definido.
Somos África-Admite voltar a correr com as cores de Angola,mesmo com o recente conflito com a Sonangol?
Claro que sim, isso nem sequer se põem em causa, vou continuar a defender as cores do meu Paìs.
A subscrição é anónima e gera, no máximo, um e-mail por dia.