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Somos África: Angola e Cabo-verde defrontam-se na África do Sul para o can 2013 qual o seu prognóstico?
Carmen Souza: Não tenho acompanhado mas, sei que a equipa está forte, por isso com certeza vamos ganhar!J
Somos Àfrica:Está com esperança na seleção de Cabo-verde, nos tubarões?
Carmen Souza:Os tubarões chegarão longe, e inevitável esta lhes no sangueJ
Carmen vamos agora falar de música, que é o seu negócio A Carmen nasceu em Lisboa, filha de cabo-verdianos a música aparece na sua vida por alguma herança familiar ?
Aparece como Herança familiar, dado que o meu Pai e o meu Avô sempre tiveram admiração pela música, e surgiu também comigo essa curiosidade desde pequena, ouvia muita música, cantava muito, tentava tocar alguns instrumentos como a guitarra do meu pai e um teclado que tinha...Mas foi só a partir dos meus 19 anos que a decisão foi feita.
Começou por cantar num coro de gospel, dai para a world Músic, como se deu essa transformação?
Hoje em dia o termo World Music já e tão vasto...comecei por Gospel sim mas já na altura fazíamos uma mistura de World/Gospel...a World Music, ou a música tradicional cabo verdiana fazia parte de mim porque cresci a ouvir discos antigos, instrumentais de Cabo Verde...quando crescemos habituados a estes sons eles tornam-se parte de nós e de quem nós somos. Posso dizer que aquilo que faço hoje é uma evolução daquilo que ouvi e um expressar do meu ponto de vista em relação a World, música de Cabo Verde e o Jazz.
Quem ouve a Carmen Souza ouve uma mistura de sons, batuque, Cola san jo, jazz, como é que consegues misturar tanto som, tanta influência?
Como disse, tudo isso me surge naturalmente, mas o que realmente me dá asas para voar é explorar sons e o facto da improvisação que é um aspecto inerente ao Jazz, que faz com que a Paisagem se torne muito mais ampla do ponto de vista do música. A criação a Real-time torna tudo mais espontâneo.
Tu és uma mulher que tem pisado grandes palcos, vives fora de Portugal, foi uma opção saíres daqui para dares rumo á tua carreira?
Eu acredito que um músico é um missionário, um missionário viaja pelo o mundo inteiro para expressar a sua mensagem, senão torna-se num mero missionário local sem riscos sem desafios, sem histórias e experiências para adicionar a sua personalidade e vida.
Um músico não deve estar estagnado porque ai estará a condicionar a sua música, sem vida sem histórias.
A minha vida é viajar de palco para palco espalhando a minha mensagem, tocando para pessoas diferentes, porque isso é que traz vida á minha música. Um músico não foi feito para fazer música em casa.
Kachupada é o teu último trabalho, lançado em 2012, qual tem sido a recepção a este trabalho?
A recepção tem sido óptima a nível de imprensa, concertos e feedback das pessoas. Neste álbum quis ir buscar temas muito conhecidos do Jazz, como ‘Donna Lee’ e ‘My Favourite things’ e trazê-los para a realidade Cabo verdiana, e fazer o mesmo com temas de Cabo verde trazê-los para o Jazz. Isto faz com que as distâncias se encurtem, os povos se unam mais e percebam que não existe diferenças e que todos temos algo de especial.
Juntando as nossas especiarias o prato fica mais e mais rico, por isso o nome Kachupada.
Onde te podemos ver nos próximos tempos?
Vou estar em França, Áustria, Suíça, Holanda, Bélgica, Roménia, USA, Cabo verde, Rússia, Hungria, Canadá, Eslovénia, Espanha ...Em Portugal estarei em Águeda no dia 8 de Marco...mas o melhor é consultar o meu site www.carmensouza.com.
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